Moradores se arriscam cruzando a Régis Bittencourt a pé

Por Folha de Embu | 21/04/2009

Todos os dias dezenas de moradores da região do jardim Mimás, Parque Jane e Vista Alegre se arriscam numa travessia que pode ser mortal. Eles cruzam a pé Régis Bittencourt, arriscando suas vidas para conseguir chegar ao outro lado da rodovia. O número de atropelamentos na região é elevado, já que as pessoas não têm como chegar ao lado a não ser se arriscando na travessia.

O perigo enfrentado diariamente pelos moradores é tamanho que os locais serão os primeiros onde a OHL, empresa que explora o pedágio da rodovia, vai construir passarelas de pedestres. A concessionária já iniciou os estudos geotécnicos necessários para a implantação das passarelas de pedestre na altura do posto 22, para atender aos moradores do jardim Mimas e uma outra para os moradores dos Parques Jane e Vista Alegre. A expectativa é de que as obras de construção das passarelas sejam iniciadas ainda esse ano.

Não é preciso ficar muito tempo na região para constatar que é grande o número de pessoas que se arriscam atravessando a rodovia para ambos os lados. Famílias inteiras cruzam a pista de uma só vez. Crianças de todas as idades também são frequentes na prática arriscada.

Nas imediações dos pontos de ônibus situados nas margens da Régis Bittencourt o número de pedestres cruzando a rodovia é ainda maior. Eles param. Observam a pista esperam uma trégua dos veículos e vão até o meio. A maioria fica sentada no muro que separa os dois sentidos da pista. Depois, olhos atentos e quando os veículos param de passar é hora de correr novamente.

Há quase seis anos a doméstica Aparecida Santana, 39 anos, cruza a rodovia para ir e voltar do trabalho. Ela afirma que sabe do risco que corre e revela que já presenciou vários atropelamentos no local. Mesmo assim, admite que não tem outra alternativa. “É muito perigoso. Mas, não tem outro jeito”, diz resignada.

Ela conta que já ouviu falar a respeito da construção da passarela e diz estar otimista de que o problema será resolvido em breve. Aparecida afirma que prefere atravessar junto com outras pessoas, pois se sente mais segura. Para ela, o grande problema é a velocidade com que os veículos passam no local. “Se a pessoa não correr morre”, dispara.

Assim como a doméstica, quem se vê obrigado a enfrentar essa travessia diariamente admite o perigo a que se expõe. Entretanto, faz questão de salientar que não tem outra alternativa, já que a quantidade de passarelas existentes ao longo da Régis Bittencourt ainda é pequena para atender a demanda cada vez crescente dos moradores.

Segundo a assessoria de Imprensa da Concessionária Autopista Régis Bittencourt, entre 15 setembro de 2008 até 20 de março deste ano foram registrados 26 atropelamentos de pedestres na rodovia entre as cidades de Taboão da Serra, Embu das Artes e Itapecerica.

No trecho de Embu e Itapecerica da Serra, existem 4 passarelas e 3 viadutos. Já em Taboão da Serra existem 6 passarelas e 2 viadutos. Além da construção de novas passarelas, a Concessionária pretende implantar sob cada uma delas e também nas existentes, muros e alambrados para condicionar os pedestres ao uso desses dispositivos.

Prefeitura do Embu lutou pela implantação das passarelas

Uma das principais ações do Plano de Desenvolvimento Urbano da prefeitura do Embu, apresentado recentemente pelo prefeito Chico Brito para a região do Jardim Mimás e dos Parques Jane e Vista Alegre é a elaboração de projeto para construção das passarelas na rodovia Régis Bittencourt. A obra será realizada com o apoio do governo federal. As passarelas de pedestres que serão construídas na região são fruto do esforço iniciado pelo ex-prefeito Geraldo Cruz, que teve continuidade com o prefeito Chico Brito.

Desde 2001, o prefeito Geraldo Cruz se empenhou em resolver o problema. A partir de 2003, o DNIT acenou com a privatização da rodovia. E, agora, finalmente, conseguiremos resolver o problema com a construção das duas passarelas”, afirmou Chico Brito.

Ele garantiu que a prefeitura dará o apoio necessário para a construção das passarelas, em função da importância das mesmas para os moradores da cidade. “A prefeitura tem a obrigação de contribuir com o que for necessário para dar a nossa população mais segurança”, salientou.

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