Primeiro prefeito tomou posse em 1960

 

Posse do primeiro prefeito de Embu

Por Folha de Embu | 1/03/2017

Cidade comemora 58 anos de emancipação político-administrativa

No dia 18 de fevereiro Embu comemora 58 anos de emancipação político-administrativa. Nesta data, houve a separação de Itapecerica da Serra, no distante ano de 1959.

Embu e Taboão da Serra foram elevadas à categoria de município na mesma data. Sendo assim Embu celebra aniversário dia 18 e Taboão no dia 19. Ambas farão sessão solene em comemoração.

Atualmente os principais desafios do município é melhorar a saúde, criar mais oportunidades de emprego, acabar com o despejo de lixo e entulho ilegal, pavimentar as ruas, ampliar vagas de creche e combater a violência. Num dos capítulos mais tristes de sua história recente a cidade chegou a registrar até 36 homicídios num único mês, despontado como a mais violenta do Brasil.

De acordo com o IBGE Embu tem mais de 246 mil habitantes. A cidade se desenvolveu muito nos últimos anos com a chegada de novas empresas e comércios. Até pouco tempo atrás, a maioria da população tinha que sair da cidade para buscar emprego e sustento, mas hoje, muitos embuenses encontram oportunidade perto de casa. Mas ainda é muito grande o número de pessoas que precisam sair da cidade em busca de emprego.

Embu das Artes é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional.

A história do lugar de onde se originou o município de Embu é bem antiga. Provavelmente, se tratava de uma fazenda jesuítica. A primeira referência documental sobre as terras de Bohy data de 1607, quando Fernão Dias Paes (o Moço), Pero Dias e Braz Esteves requereram o que sobrara das terras do bandeirante Domingos Luís Grou.

Em 24 de janeiro de 1624, Fernão Dias Paes e sua mulher, Catarina Camacho, fazem a doação de sua fazenda aos padres da Companhia de Jesus, mas somente em 27 de julho de 1668, as terras de Bohy passam definitivamente a pertencer aos jesuítas.

Por volta de 1690, o padre Belchior de Pontes inicia a construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário, transferindo a santa da antiga capela para onde hoje se encontra a capela do Museu de Arte Sacra.

Substituindo o padre Belchior, morto em 1719, o padre Domingos Machado constrói o anexo que serviria de residência aos religiosos e noviços da companhia, terminando as obras por volta de 1740. Com o decorrer do tempo, imagens foram sendo esculpidas por padres que eram auxiliados pelos índios. Algumas destas esculturas estão expostas no Museu de Arte Sacra de Embu.

Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, o aldeamento de M´Boy entrou em declínio, com os índios mestiçando-se com moradores da localidade ou mudando-se para outros locais.

O vilarejo de M´Boy permaneceu com atividade agrícola constituída por pequenos lavradores, fabricantes de aguardente e um comércio incipiente.

Em 30 de novembro de 1938, o então distrito de M´Boy passa a se chamar Embú, sendo o nome, de acordo com a norma gramatical da época, grafado com acento. Anos mais tarde, inicia-se o movimento que pedia a emancipação política e administrativa de Itapecerica da Serra. Em 18 de fevereiro de 1959, Embu é, finalmente, declarada município.

Foi nesta época que o movimento mais característico de Embu começa a tomar forma. A partir da década de 60, chegam e estabelecem-se os primeiros artistas, vindos de várias regiões do país. Assis de Embu, Solano Trindade, Cássio M´Boy, mestre Sakai, Ana Moysés, além de tantos outros nomes, escultores, pintores, poetas, músicos, cantores e estudiosos da cultura popular acabaram encontrando em Embu o lugar mais que propício para produzir e divulgar sua arte, tendência que, empiricamente, modificou até o próprio nome da cidade. Hoje, a cidade é conhecida em todos os cantos como Embu das Artes.

 

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