Greve geral contra reformas parou região
Por Folha de Embu | 11/05/2017
Greve contra as reformas da aposentadoria e dos direitos trabalhistas mudaram rotina da região
Os já rotineiros bloqueios com queima de pneus e várias passeatas ao longo do dia na rodovia Régis Bittencourt, paralisação total dos ônibus da viação Miracatiba e a circulação reduzida, ou com saída retardada de outras viações marcaram o dia nacional de greve contra as reformas da previdência e trabalhista em Embu das Artes e região.
A mobilização nacional foi convocada por sindicatos e movimentos sociais contra as reformas do governo Michel Temer (PMDB).
A greve paralisou ônibus, trem, metrô e várias categorias se somaram o grito contra as reformas que vão engessar ainda mais a economia, retirar direitos e prejudicar os trabalhadores.
para São Paulo, decidiram não colocar nenhum dos cerca de 400 ônibus para rodar. No fim da tarde, apenas funcionários da administração deixavam a garagem, em Itapecerica. Sem ônibus da própria viação, esperavam carona para ir embora. Muitos trabalhadores, porém, nem conseguiram chegar com a greve geral.
Os atos de greve mais agudos na região ocorreram na Régis Bittencourt. A rodovia foi totalmente interditada quando ainda estava escuro, pouco antes da 6h, no km 274, em Taboão, nos dois sentidos. Manifestantes produziram grande fogo na estrada ao queimar pneus e assustaram os motoristas, que voltaram na contramão. Ainda pela manhã, a BR-116 foi bloqueada no km 276, em Embu, no km 284, na divisa com Itapecerica, e no km 270, também em Taboão.
No fim da manhã, a Régis foi totalmente liberada – manifestantes encerraram o protesto em gramado do retorno do Parque Pinheiros, no km 273.
No início da tarde, porém, um grupo de servidores da prefeitura de Taboão da Serra, principalmente da educação, voltou a fechar a BR-116, no km 269, na altura da praça central. Depois, realizou uma passeata até a divisa com a capital. Além de aderir à paralisação, a categoria decidiu iniciar uma greve no município.