Mortalidade de mulheres grávidas em Embu sobe 60%
Mortalidade materna subiu em Embu
Por Folha de Embu | 28/05/2019
A Taxa de Mortalidade Materna, indicador que mede a morte de mulheres por causas evitáveis relacionadas à gestação e ao parto, subiu 60% na cidade de Embu das Artes, chegando a taxa de 71,6 mães mortas a cada cem mil bebês nascidos vivo em 2016. É o segundo maior índice na cidade desde 1998, onde o indicador registrou 81,6. A ONU recomenda uma taxa de 35 mortes por 100 mil nascimentos. A média do estado é de 47. Itapecerica da Serra teve taxa de 39,54 e Taboão da Serra de 47,5.
O alto índice de mortalidade materna revela a falta de atenção à saúde básica por parte do poder público. As mortes estão relacionadas a dificuldade de acesso aos cuidados pré-natais durante a gestação e a falta de atenção médica especializada durante o parto e no pós-parto. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o tratamento correto e adequado faz a diferença entre a vida e a morte da mãe e do bebê.
Cerca de 80% das mortes ocorrem por causa da falta de tratamento nas complicações que se desenvolve durante a gravidez. As principais são: hipertensão, hemorragias graves, infecções, complicações no parto, coágulos sanguíneos e abortos inseguros. O risco de mortalidade materna é mais alto para as mulheres que depende do sistema público de saúde.
A redução da mortalidade materna é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O dia 28 de maio é lembrado como o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. A data busca discutir e melhorar a cobertura de saúde para atenção integral à saúde reprodutiva, materna e neonatal, além de buscar meio de fortalecer os sistemas de saúde.
Taxa de Mortalidade Materna
Os números são da Fundação Seade do Estado de SP e a Taxa de Mortalidade Materna é a relação entre os óbitos por complicações da gravidez, do parto e do puerpério ou devidos a doenças pré-existentes agravadas pelo estado de gravidez de mulheres residentes em uma determinada unidade geográfica ocorridos num determinado período de tempo, e os nascidos vivos na mesma unidade e período.