Acusado de usar dinheiro do tráfico, Ney Santos tem candidatura aprovada

Justiça Julgou regular candidatura de 2016

Por Folha de Embu | 6/12/2019

A Justiça Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE-SP), em 03/12/19, julgou regular a candidatura de 2016 do prefeito Ney Santos e do vice-prefeito Peter Calderoni. O Ministério Público acusou o prefeito de utilizar nas eleições municipais de 2016 dinheiro de origem ilícita para financiar a campanha. O dinheiro, segundo o Ministério Público, teve como origem à prática de tráfico de drogas e outros crimes.

As provas utilizadas no processo foram um áudio em que o prefeito diz que gastou R$ 11 milhões na campanha, o depoimento de uma pessoa que participou do esquema de lavagem de dinheiro e diversos extratos bancários e fiscais dos candidatos, de parentes e de empresas que doaram dinheiro para a campanha. Cópia das provas contendo o áudio e os extratos foram divulgadas pela Folha de Embu.

O Ministério Público pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Candidatura para 2020

Para uma possível candidatura em 2020, Ney Santos terá que anular ou obter liminar suspendendo a rejeição das contas do período em que foi Presidente da Câmara de Embu. Além disso, existe processo na esfera criminal com a acusão de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Foi da esfera criminal que saiu o pedido de prisão preventivo de Ney Santos no início de 2016.

O atual prefeito acumula processos na Justiça que podem comprometer sua candidatura ou a de seu mais fiel aliado, Hugo Prado. Os dois recentemente foram alvo de pedido de prisão pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por desvio de dinheiro público e financiamento irregular de campanha em 2016. A Justiça ainda não se manifestou, porém, pode a qualquer momento conceder a prisão ou condenar os dois, enterrando de vez a possível participação deles nas eleições.

Histórico do processo da candidatura de 2016:

Infográfico: o caminho da justiça

 

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