Lula decreta três dias de luto pelas vítimas brasileiras do Haiti

Por Folha de Embu | 19/01/2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto no qual fixou três dias de luto em memória dos brasileiros mortos no Haiti, vitimas do terremoto que atingiu 7 graus na escala Richter e devastou a capital do país, Porto Príncipe. A informação é do Blog do Planalto.

O tremor matou ao menos 14 militares brasileiros que serviam na força de paz da ONU no Haiti e a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança. As mortes dos militares foram divulgadas pelo Comando do Exército brasileiro.

Duas aeronaves de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB) devem decolar no início da noite desta quarta-feira, do Rio de Janeiro para Porto Príncipe, levando a bordo 22 toneladas de suprimentos para as vítimas do terremoto. Segundo a FAB, são 11 toneladas de água e 10 toneladas de alimentos de primeira necessidade.

A FAB informou nesta tarde que "está pronta para estabelecer uma ponte-aérea Brasil-Haiti" para levar alimentos, remédios e água. Mais de 1.200 militares brasileiros integram a missão de paz da ONU. Oito aviões de transporte foram colocados à disposição para apoiar o envio de ajuda humanitária.

Zilda Arns

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou nesta quarta-feira que Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, integra uma seleta galeria de pessoas como Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce. "São pessoas que melhoram o mundo e seu tempo e impedem que o ser humano descreia de si mesmo", disse em nota.

Médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns morreu durante o terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe. Zilda cumpria agenda de palestras sobre o trabalho da Pastoral da Criança e do Idoso por várias regiões da América Central.

Cezar Britto lembrou que foi colega da médica no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. "Sua morte desfalca os que travam o bom combate, de que falava São Paulo, e enluta não apenas o Brasil, em que era peça-chave no desenvolvimento de políticas sociais, mas toda a América Latina, a que também estendia o manto de sua generosa ação humanitária", afirmou.

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