Ney Santos assume prefeitura com liminar e aguarda decisão final no cargo

Por Folha de Embu | 1/03/2017

No dia 18 de fevereiro Embu comemora 58 anos de emancipação político-administrativa. Nesta data, houve a separação de Itapecerica da Serra, no distante ano de 1959.

A população de Embu das Artes ficou até o dia 9 de fevereiro sem saber que prefeito iria administrar o município pelos próximos quatro anos. O imbróglio sem precedentes ocorreu depois que o prefeito ficou foragido durante dois meses logo após ser acusado pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público, de integrar facção criminosa, lavagem de dinheiro e até tráfico de drogas. O prefeito nega todas as acusações e garante estar sendo vítima de perseguição política.

Enquanto Ney Santos ficou foragido o vereador e presidente da Câmara, Hugo Prado, tomou posse no cargo e permaneceu interino por quase 30 dias. Depois disso o vice-prefeito Dr. Piter Calderoni, assumiu a cadeira de prefeito por quase uma semana. Neste período Ney Santos obteve liminar no Supremo Tribunal de Justiça e conseguiu revogar o pedido de prisão para poder assumir o cargo.

Logo após estar livre da ameaça de ir pra cadeia. O prefeito Ney Santos concedeu uma entrevista coletiva onde falou sobre a dívida de quase 240 milhões, reafirmou a saúde como prioridade de sua administração, garantiu que vai reduzir para 300 o número de livre nomeados na prefeitura, fez balanço da sua situação jurídica e revelou que fará auditoria de contratos e pagamentos. Ele deixou claro que não pretende revogar o aumento da passagem do transporte municipal de R$ 3,80. Criticou duramente os promotores e juízes relacionados com o seu pedido de prisão e por fim sentenciou que eles estão “comprometidos”.

“Quem me conhece sabe que sou inocente. Não tenho envolvimento com tráfico nem facção. ETudo que o Ministério Público induziu a imprensa a falar não consta na denúncia. Esse processo foi reaberto por causa de uma denúncia anônima feita em Itapecerica. Falar é fácil eu quero ver provar. Por isso estou seguro da manutenção da liminar”, observou.

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