Hugo Prado faz balanço positivo do primeiro semestre da Câmara e fala sobre eleições 2018
Presidente Hugo Prado fala sobre o mês como prefeito interino, Câmara de Vereadores e pré-candidatura em 2018
Por Folha de Embu | 7/07/2017
Na noite desta quarta-feira, 5, o presidente da Câmara Municipal de Embu das Artes, Hugo Prado (PSB), e o vice-presidente, Carlinhos do Embu (PSC) deram entrevista coletiva a imprensa da região. Em sua fala, Hugo fez um balanço positivo dos seis primeiros meses da sua gestão na câmara, falou sobre a sua candidatura para deputado estadual e classificou como “atípico e produtivo” o início da 14ª legislatura.
Eleito presidente da Câmara Legislativa de Embu, Hugo foi incumbido a assumir o executivo municipal, já que o prefeito eleito, Ney Santos (PRB), estava foragido e seu vice, Dr. Piter (PMDB), ainda não havia assumido seu cargo. Com orgulho, Hugo Prado falou das medidas que tomou a frente da prefeitura. “A gente teve no início grandes ações como a Operação Crepúsculo, o cancelamento [do repasse] do carnaval para mandar o dinheiro à saúde, um mês de mandato onde demos início a rescisão de contrato com a Os [Organização Social que administra a saúde do município] e demoramos seis meses para tirar. Neste um mês de governo tivemos ações exitosas”, completou.
Mas mesmo com tanto êxito em 30 dias, para alguns de seus eleitores, o maior destaque da sua passagem pela prefeitura foi a sua assinatura no decreto que aumentou a tarifa de ônibus para R$ 3,80, mesmo havendo a promessa que o reajuste do transporte municipal não aconteceria.
A frente do legislativo, suas principais ações foram à criação da Ronda ostensiva Municipal (ROMU), a tropa de elite da Guarda Civil Municipal, e o convênio com clínicas e laboratórios particulares para diminuir as filas das consultas e exames médicos. “Do ponto de vista do legislativo, a criação da Romu foi muito importante para cidade, a criação dos convênios com as clínicas laboratoriais para que a gente possa sanar de uma vez por todas essas filas nas unidades de saúde e essa demanda que temos por exames. E outras ações como o corte de cargos em comissão [de livre nomeação], são 11 a menos com uma economia de R$ 400 mil por ano. […] Neste primeiro semestre nós tivemos uma produção legislativa de fato com ações que foram efetivadas”, elenca o presidente.
O BALANÇO DA CÂMARA
Nos seis primeiros meses da nova legislatura, os 17 vereadores aprovaram 22 projetos de lei, 18 projetos de lei complementar, cinco requerimentos, 359 indicações e sete moções de aplauso, incluindo aos PMs e GCMs. Além disso, foi implantada a Universidade Virtual de São Paulo e a criação da ROMU, do Conselho Empresarial e do Fundo Municipal do Emprego. Hugo conta que trouxe de volta 5 milhões de reais em repasse do Governo Estadual para Embu conseguir recapear as principais avenidas de acesso ao centro, fomentando o turismo municipal.
A marca deste primeiro semestre fica por conta da denúncia do vereador Bobilel Castilho contra o Pátio Master e a cobrança abusiva na apreensão dos veículos.
SPOLIER DO PRÓXIMO SEMESTRE
De forma indireta, o presidente da Câmara indicou as próximas ações de seu mandato. Segundo Prado, está em andamento um estudo sobre a implementação da Farmácia 24h, que facilitará a compra de remédios na madrugada e funcionará no esquema de “rodízio” entre as farmácias. Hugo também prevê a implementação de cursos técnicos rápidos para atender a demanda de mão de obra especializada da cidade.
DE VEREADOR A DEPUTADO ESTADUAL
Durante a entrevista coletiva, Hugo Prado manifestava seu desejo em disputar as eleições de 2018 para o cargo de deputado estadual. A todo momento, Hugo dizia “estar à disposição do grupo”. Quando indagado pela Folha de Embu sobre o seu desejo em disputar uma cadeira no legislativo estadual, Hugo disse que por estar no meio político, ele “tem que estar preparado” para disputar qualquer eleição. “Se eu falar que eu não quero, estou sendo mentiroso. Para a eleição eu preciso de 50 mil votos. Eu, Hugo Prado, sozinho, não consigo esses 50 mil votos. [...] Se for uma vontade do grupo [político], eu acho necessário”, disse.
Em outro momento da entrevista Hugo falou sobre a possível candidatura de Léo Novais a deputado federal. “Dentro do nosso agrupamento político as candidaturas para deputado estadual e federal se faz necessária. Desde a campanha [em 2016] o prefeito [Ney Santos] assumiu esse compromisso com o Léo Novais de que ele seria o candidato a federal. E todo agrupamento já estava ciente. Essa ventilação do meu nome para deputado estadual nasceu agora. Tem dois meses no máximo. Se formos oficializados candidatos, será a dobrada oficial”, acredita Hugo Prado.
Para ele, o município não tem nenhum representante, ignorando o mandato do ex-prefeito de Embu, Geraldo Cruz (PT), adversário político do atual prefeito, e da deputada Analice Fernandes (PSDB), esposa do prefeito de Taboão da Serra, e com boas relações com Ney.
GESTÃO NEY É “ÓTIMA”
Hugo Prado, visto por alguns como o pupilo do prefeito, não poupou elogios a Ney Santos e classificou como “ótima” a sua gestão. Questionado se a sua resposta e dos seus eleitores é a mesma que a dele, explicou. “Eu tenho estado nas ruas e com certeza você tem críticas e elogios. Todo governo sempre vai ter crítica por uns e elogiados por outros. Estamos no momento inicial de governo e que o prefeito tem muito a ser feito, vejo sim, pelo menos com as pessoas que tenho conversado nas ruas, que grande parte vê essa mudança de gestão e na forma de fazer política, como também vejo e diálogo com muitos que pontuam algumas situações. O grande problema é que em seis meses a gente não consegue resolver todos os problemas da cidade. E algumas pessoas entendem que tem que ser tudo de uma vez”, justificou o presidente.
Sobre as mudanças na secretaria de turismo, que em seis meses já nomeou o terceiro secretário, o presidente diz que a pasta precisa melhorar. “Claro que cada secretário tem a sua dinâmica de trabalho. Entendo que até [as trocas são] no sentido de melhorar as ações. A nossa cidade é mundialmente conhecida por conta do turismo. Então que o governo precisa dar uma resignificada na pasta e um chacoalhão para que a gente possa de fato ter uma melhoria na ação”.