Criança e adolescente Conselho Tutelar faz balanço dos atendimentos na Câmara
Por Folha de Embu | 4/06/2009
Para marcar a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, os integrantes dos dois Conselhos Tutelares de Embu das Artes visitaram a Câmara Municipal da Cidade e apresentaram um balanço das atividades realizadas pelo órgão. Os conselheiros destacaram a importância de constar no calendário nacional, uma data para lembrar o combate à violência sexual. Eles avaliam que essa estratégia é fundamental para o avanço na formação de uma nova cultura e consciência da sociedade brasileira e garantir às crianças o direito ao desenvolvimento da sexualidade, de forma segura e protegida, livres de abuso e exploração sexual.
Os conselheiros alertaram aos vereadores que dos 250 mil habitantes da cidade mais de 50% desta população tem entre 0 e 24 anos. De acordo com eles, a violação dos direitos das crianças e adolescentes vem crescendo de forma alarmante. No período de janeiro a abril de 2009, o conselho Tutelar atendeu 23 casos novos de violência sexual, ou seja, a cada mês, 5 crianças ou adolescentes foram vítimas de violência sexual.
Os conselheiros defendem que o dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração de Crianças e Adolescentes não pode ser um dia somente para reflexão, mas um dia de luta. “Uma luta de todos nós, pois todos temos a responsabilidade de mudar a realidade, a historia de nossas crianças e adolescentes. É necessário vontade política, dedicação e compromisso com causa da infância e juventude”, destaca o documento lido por uma conselheira tutelar no plenário da Câmara.
“As crianças e adolescentes precisam da nossa voz, da voz do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e de toda a sociedade. Precisam que coloquemos em pratica o que lhes é garantido em lei, não podemos compactuar com o silêncio”, alertaram eles aos vereadores.
Os Conselhos Tutelares de Embu vêm desenvolvendo um trabalho de orientação, conscientização e informação com as famílias. Todas as semanas os conselheiros atendem casos de violência ou exploração sexual contra crianças e adolescentes. “Nesses casos fazemos o acompanhamento até termos a certeza de que as vítimas estão em segurança e afastados do agressor, realizando todos encaminhamentos possíveis”, afirmam os conselheiros.