Com medo de prisão, Ney se afasta da prefeitura e vice assume
Ney ainda não tem data para retornar os trabalhos na prefeitura
Por Folha de Embu | 7/03/2018
Na tarde desta terça-feira, 6, o prefeito de Embu das Artes, Ney Santos (PRB), teve o Habeas Corpus mantido pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por votação que terminou empatada, 2 a 2. Como o resultado não foi unânime prevaleceu o princípio do in dubio pro reo. O Ministério Público ainda pode recorrer.
Na prática, a turma de juízes acatou a liminar do relator ministro Marco Aurélio Mello, proclamada em fevereiro do ano passado, que revogava prisão preventiva de Ney sob acusação da justiça de São Paulo sobre lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação com uma organização criminosa. É essa liminar que permite Ney governar Embu das Artes desde fevereiro do ano passado.
Horas antes do julgamento, ainda manhã desta terça-feira, a Câmara Municipal de Embu das Artes concedeu licença por tempo indeterminado ao prefeito. Essa “manobra” teria sido feita para que, caso fosse preso, não incorrer em abandono do cargo ao se ausentar.
Durante a votação, o site UOL noticiou que o prefeito teria fugido para o Paraguai, informação negada pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura. Em entrevista publicada no site O Taboanense, Jones Donizete afirma que Ney ainda não tem data certa para retornar ao comando de Embu.
“Se ele quiser, ele pode voltar amanhã, se ele quiser pode tirar 15, 20, 30 dias de férias. Ele que decide quanto tempo ele quer ficar de licença para cuidar das coisas dele. Mas independente do dia que ele voltar, ele tem uma equipe aliançada com ele, fechada com ele, preparada para poder tocar a prefeitura. Taí o Dr. Peter também na direção até o dia que ele quiser voltar”, ressaltou.
O Habeas Corpus beneficia Ney e outras 13 pessoas, inclusive parentes dele, denunciadas pelo grupo de combate ao crime organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo em dezembro de 2016. O mérito ainda não foi julgado e o processo segue.