Embu enfrenta dificuldade na recuperação de empregos com carteira assinada
Por Folha de Embu | 7/04/2019
A quantidade de empregos com carteira assinada na cidade de Embu apresentou queda no início de 2019. A cidade começou o ano com 41.977 empregos formais. Dados consolidados mais recente aponta que no final de 2017 a cidade possuía 42.868 postos de emprego. O melhor resultado foi em 2002 com 51.765 postos. Os dados são da Fundação Seade, órgão do Estado de São Paulo e do Cadastro Único de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério de Trabalho.
A queda nos postos de trabalho, que seguiu tendência do país, teve início em 2014. Em 2014 a cidade tinha 45.712 empregos formais, caiu para 43.977 em 2015. Apresentou nova queda em 2016 com 42.420 e teve leve melhora em 2017 com 448 novos postos de emprego. O SEADE e o CAGED ainda não possuem dados consolidados com ajustes e correções referente a 2018 sobre os postos de trabalho, mas o CAGED apontou que em 2018, a relação entre contratados e demitidos apresentou leve melhora de 576 novas contratações, essa mesma relação apresentou aumento das demissões em janeiro de 2019.
Embora a cidade tenha apresentado sinais positivo em 2017 e 2018, quando comparado o percentual de geração de emprego com as cidades vizinhas e o Estado de SP, Embu não aproveitou o otimismo na economia do país. Em 2018, Taboão da Serra gerou 4.872 novos empregos e Embu apenas 576.
Empregos para mulheres e jovens
Embora as mulheres sejam maioria da população, a cidade apresenta dificuldade em gerar emprego para mulheres. Dos empregos formais na cidade, em 2017, apenas 39% era ocupado por mulheres, a média do Estado de SP foi de 45%, da região metropolitana 46% e de Taboão 47%. Outro segmento que sofre com a falta de emprego são os jovens de até 25 anos. Os jovens já chegaram a ocupar 20% do empregos na cidade, mas isso vem caindo a cada ano, no final de 2017, apenas 16% dos empregados possuem até 25 anos.
Mudança no perfil das profissões
Segundo dados do CAGED e da SEADE, entre 2012 e 2017 a cidade apresentou mudança no perfil das profissões.
As ocupações que mais perderam postos e apresentaram pior desempenho foram os trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações, em segundo lugar, vigilantes e guardas de segurança e, em terceiro, ajudantes de obras civil.
Já as ocupações de operador de comércio em lojas e mercados foram as que mais cresceram. Em segundo lugar, trabalhadores de almoxarifes e armazenistas e, em terceiro lugar, conferentes e apontadores e, em quarto, auxiliares de contabilidade.
Histórico de empregos em Embu
Períodos | Empregos Formais | Homens | Mulheres | 24 Anos | 25 a 39 Anos | 40 a 59 Anos | 60 Anos e Mais | Fonte |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2010 | 45.348 | 26.664 | 18.684 | 8.388 | 21.754 | 14.303 | 900 | SEADE |
2011 | 41.887 | 25.895 | 15.992 | 7.814 | 20.046 | 13.098 | 928 | SEADE |
2012 | 44.510 | 27.235 | 17.275 | 8.306 | 21.319 | 13.900 | 985 | SEADE |
2013 | 44.988 | 27.610 | 17.378 | 8.562 | 21.544 | 13.763 | 1.119 | SEADE |
2014 | 45.712 | 27.610 | 18.102 | 8.428 | 21.565 | 14.416 | 1.303 | SEADE |
2015 | 43.977 | 26.469 | 17.508 | 7.468 | 20.699 | 14.426 | 1.384 | SEADE |
2016 | 42.420 | 25.445 | 16.975 | 6.920 | 19.903 | 14.297 | 1.300 | SEADE |
2017 | 42.868 | 25.743 | 17.125 | 6.912 | 20.116 | 14.520 | 1.320 | SEADE |
jan/19 | 41.977 | N/D | N/D | N/D | N/D | N/D | N/D | CAGED |