Novo processo: Justiça Federal afasta Ney Santos por lavagem de dinheiro

Por Folha de Embu | 12/12/2019

Em um novo processo, a Justiça Federal determinou o afastamento imediato de Ney Santos, a partir de 12/12/2019, da Prefeitura de Embu. Ney é suspeito de ocultação de bens e lavagem de dinheiro entre 2014 e 2017. Segundo informações da Rede Globo, o prefeito foi investigado em operação da Polícia Federal realizada no Paraná em setembro de 2017. A investigação apura esquema bilionário de crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa com atuação em vários estados. Detalhes sobre o processo e decisão estão em segredo de Justiça.

Segundo a PF, o prefeito de Embu possui ainda, diversas propriedade que estão em nome de laranjas:

Fraude na compra de uniformes escolares rendeu pedido de prisão de Ney Santos e Hugo Prado

Em outro processo sobre fraude em licitação, Ney Santos e Hugo foram alvo de pedido de prisão pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por desvio de dinheiro público na compra de kits escolares e uniformes. A Justiça ainda não se manifestou, porém, pode a qualquer momento conceder a prisão ou condenar os dois, enterrando de vez a possível participação deles nas eleições. O processo aponta uma fraude de R$ 12 milhões.

Acusação de usar dinheiro do tráfico nas eleições

O Ministério Público acusou o prefeito de utilizar nas eleições municipais de 2016 dinheiro de origem ilícita para financiar a campanha. O dinheiro, segundo o Ministério Público, teve como origem à prática de tráfico de drogas e outros crimes. Na esfera eleitoral Ney Santos foi absolvido, porém, o MP ainda pode recorrer e existe processo na esfera criminal.

As provas utilizadas no processo foram um áudio em que o prefeito diz que gastou R$ 11 milhões na campanha, o depoimento de uma pessoa que participou do esquema de lavagem de dinheiro e diversos extratos bancários e fiscais dos candidatos, de parentes e de empresas que doaram dinheiro para a campanha. Cópia das provas contendo o áudio e os extratos foram divulgadas pela Folha de Embu.

 

Comentários